Pesquisar neste blogue

segunda-feira, 8 de outubro de 2012

Antologia de páginas íntimas

Franz Kafka
1883 - 1924

Depois de ter lido aqui e ali O Processo; Cartas ao Pai e também as Cartas a Milena; quebrado a cabeça com A Muralha da China, esbugalhado os olhos na Colônia Penal, sofrido com o agrimensor em O Castelo e roído tudo quanto é unha em A Metamorfose, caiu-me nas mãos a Antologia de Páginas Íntimas. Era uma edição portuguesa, de 1961, da Guimarães Editores (Lisboa) que pesquei remexendo um sebo. Peguei o livro na estante e folheei-o, mas como nos casos de amor à primeira vista sabia que não ia resistir. Passei no caixa, e para não interromper a tradição pedi desconto, o cara tirou uns tico-ticos, paguei e solicitei que embrulhasse. Li tudo de uma hora para outra, de lambida, na maior sofreguidão. Só quem constantemente viaja pelos livros é capaz de bem sentir o que estou dizendo. Queria descobrir alguma coisa, ver se conseguia penetrar naquele enigma chamado Kafka.
O erudito e bem fundamentado prefácio da Antologia de Páginas Íntimas foi escrito por um certo Alfredo Margarido (que não tenho a menor idéia de quem seja). Logo nas primeiras linhas ele me acertou um soco na boca do estômago que me fez ver estrelas, ao escrever: “Um dos fatos mais impressionantes que ressaltam da leitura dos ‘Diários’ do judeu alemão Franz Kafka é, sem dúvida, a contínua presença de referências a nomes que podemos encontrar entre as vítimas dos campos de concentração nazis”. Retirado da net

Sem comentários:

Enviar um comentário